
Após registrar a primeira deflação em mais de dois anos, a prévia da inflação, medida pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15), voltou a acelerar e marcou 0,48% em setembro, 0,62 ponto percentual acima da taxa registrada em agosto (-0,14%), informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (25).
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,76% e, nos últimos 12 meses, de 5,32%, acima dos 4,95% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Em setembro de 2024, a alta foi de 0,13%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta no mês de setembro. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de Habitação (3,31%).
Alimentação e bebidas (-0,35%) registrou a quarta redução consecutiva na média de preços. As demais variações ficaram entre o recuo de 0,25% de Transportes e o aumento de 0,97% em Vestuário.
Conta de luz em alta
No grupo Habitação, o principal e maior impacto individual no índice do mês veio da energia elétrica residencial, que, após a queda de 4,93% em agosto, subiu 12,17% em setembro com o fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês de agosto.
Cabe destacar a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, a partir de 1º de setembro, adicionando R$ 7,87 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos.
Além disso, houve reajuste tarifário de 4,25% em Belém (11,38%), a partir de 7 de agosto.
Queda nos preços da alimentação no domicílio
Em Alimentação e Bebidas (-0,35%), o grupamento da alimentação no domicílio registrou variação de -0,63%, após recuar 1,02% no mês anterior.
Contribuíram para esse resultado as quedas do tomate (-17,49%), da cebola (-8,65%), do arroz (-2,91%) e do café moído (-1,81%). No lado das altas, destacam-se as frutas, que subiram, em média, 1,03%.
A alimentação fora do domicílio (0,36%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,71%), em virtude das altas menos intensas do lanche (de 1,44% em agosto para 0,7% em setembro) e da refeição (de 0,0% para 0,2%).
Passagens aéreas mais baratas
No grupo Transportes (-0,25%), o resultado foi influenciado pelo seguro voluntário de veículo (-5,95%) e pelas passagens aéreas (-2,61%).
Em relação aos combustíveis (-0,10%), gás veicular (-1,55%) e gasolina (-0,13%) registraram queda nos preços, enquanto o óleo diesel (0,38%) e o etanol (0,15%) apresentaram altas.
Resultado por região
Quanto aos índices regionais, as 11 áreas de abrangência tiveram alta em setembro. A maior variação foi observada em Recife (0,8%), por conta da alta da energia elétrica residencial (10,69%) e da gasolina (4,78%).
Moradores de Belém, São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro também sentiram impacto dos preços em setembro, já que tiveram reajustes acima da média brasileira.
Já o menor resultado ocorreu em Goiânia (0,10%), que registrou queda nos preços da gasolina (-2,78%) e do tomate (-24,39%).
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de agosto a 15 de setembro (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de julho a 14 de agosto (base).
Fonte: noticias.r7